quinta-feira, 31 de maio de 2007

Jogos Panamericanos


O ano de 1991 não foi fácil para Cuba. Após a queda do Muro de Berlim, Cuba passou a sofrer mais intensamente com a falta do apoio econômico de países como a União Soviética, que viria a acabar no fim daquele ano.
Mas o país se empenhou na realização dos Jogos. O símbolo maior dessa determinação foi a construção do Estádio Pan-Americano, sede das Cerimônias de Abertura e Encerramento e das competições de atletismo.
E o orgulho cubano foi maior ainda com o desempenho dos seus atletas. Pela primeira e única vez desde
1951, um país tomou o lugar dos EUA do topo do quadro geral de medalhas. Foi por pouco: Cuba conquistou menos medalhas no total (352 a 265), mas ganhou mais medalhas de ouro que os EUA (140 a 130).
O esporte cubano obteve um amplo domínio no levantamento de peso (29 ouros), no atletismo (18) e no boxe (11). No vôlei, o país ganhou o ouro no masculino e a seleção feminina, com o surgimento de uma geração que seria tricampeã olímpica, também ficou em primeiro lugar.
Fidel Castro, governante maior do país, era figura fácil nas premiações dos mais diversos esportes em disputa e, sendo assim, teve a oportunidade de entregar a medalha de ouro pessoalmente a vários atletas de seu país. No entanto, na final feminina de basquete, a que ele assistiu no próprio ginásio, teve de se contentar em premiar com a prata as atletas cubanas. O ouro ele entregou - com muita simpatia, é verdade - à Seleção Brasileira comandada por Hortência, Paula e Janeth, que bateu a equipe local numa decisão emocionante.
Um marco importante para a ginastica do Brasil,agora mais experiente,Luisa Parente conquista duas de ouro (no salto e nas barras) em Havana-91,resultados de muita expressão na epoca. Em 95, a ginasta encerrou oficialmente sua carreira no Pan de Mar Del Plata, na Argentina.
O
Brasil competiu em todas as modalidades e teve como expoentes a nova geração masculina do vôlei, com Tande, Giovane, Maurício e Marcelo Negrão, que conquistou a medalha de prata e, um ano depois, já ganharia o histórico ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, Espanha, e o nadador Gutavo Borges, que iniciou sua história vitoriosa em Pans com cinco medalhas (duas de ouro, duas de prata e duas de bronze) e ganharia a prata nos 100m livre em Barcelona.

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